sábado, 5 de abril de 2008

Um dia qualquer que eu saí de casa na chuva para ligar para alguém

No bar, os bêbados retardatários tentam inutilmente afogar suas mágoas na cerveja cara e ruim, a luz do bar é a única coisa a iluminar a praça vazia, exceto pela presença dos dois. Ele na bicicleta, a camisa desabotoada. Ela o aperta em seus braços e enfia o seu rosto contra o peito dele. Ela chora desesperadamente e pede para que ele não a abandone. Uma chuva fraca os atinge. Ele a aninha em seus braços e mantém uma expressão tranqüila. Ela sente as batidas fortes do coração dele e deixa no seu peito uma mistura de chuva, suor e lágrimas. Olho para os dois e só vejo amor, no olhar dele e no desespero dela.

Um comentário:

andpioh disse...

Belo texto, com lacunas para que possamos preenchê-las!
Chuva, suor e lágrimas ficou ótimo!
Mas e a ligação, deu certo ou deu postal?
Cenas do próximo capítulo!